As Legiões da Horus Heresy – World Eaters, literalmente os mais irados entre os Astartes
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Está cansado de dancinhas e artimanhas? Quer ir direto pra porradaria? Gosta do barulho do motor de um chainaxe, dos respingos quentes de sangue e entranhas em seu rosto, dos vapores subindo por seu nariz e garganta, e encharcando todo o seu corpo? A XII Legião é a ideal pra você.
Alcançamos a terceira semana de artigos sobre as Legiões com a mais raivosa, letal e assustadora Legião de Space Marines – os poderoros World Eaters. Nossas análises totalmente imparciais finalmente contemplará um exército digno do cinturão do campeonato – os Iron Hands podem ser competitivos, mas esses aqui vêm literalmente com sangue no olho.
A Legião
Quando eram treinados na Terra, os primeiros Legionários da Duodécima não eram escolhidos em regiões específicas. Os rumores falam de processos seletivos no mínimo suspeitos, que escolhiam apenas os candidatos mais irritadiços, o que parece razoável, considerando o temperamento normalmente identificado na Legião – beligerante, por assim dizer.
Diferente de Legiões mais pomposas, a Duodécima – os “War Hounds” – foi mantida na reserva pelo Imperador, e empregada apenas nos cenários mais drásticos – era como pressionar o botão vermelho de “DESTRUIR TUDO”. Alguns poucos Cães de Guerra eram capazes de uma grande carnificina; eram como um míssil disparado à queima-roupa no inimigo. E a analogia não para por aí: como um míssil, não se esperava que eles retornassem sãos e salvo para casa…
Ao assumir o comando, Angron renomeou a Legião em homenagem ao seu antigo bando de rebeldes, os Eaters of Cities. Sem uma coleira para conter os devoradores de cidades, eles agora seriam os World Eaters*. Sob sua liderança, não havia diferença entre treinamento e guerra real – a Décima Segunda se tornou capaz de vencer qualquer batalham, a despeito da quantidade de vítimas.
As Regras
Os World Eaters são os melhores em ir pra cima e retalhar o adversário. Eles não precisam de discursos bonitinhos sobre isso – eles são a violência encarnada.
Diz-se que uma lâmina bem afiada é capaz de vencer um arsenal inteiro de armas cegas. Embora a Legião prefira usar chainaxes, eles concordam com esse princípio. O inimigo está escondido atrás de barricadas? Carga neles. Preparando uma emboscada? Carga neles. Atirando à queima-roupa? Carga neles. Nem mesmo uma chuva de balas pode parar A Maré Selvagem – uma Advanced Reaction que permite que sua infantaria ignore o fogo massivo e responda com um assalto estremecedor.
Enquanto os covardes conseguem ser furtivos mesmo armados com chainglaives enormes, os World Eaters preferem uma arma menos elegante. A Legião foi pioneira no uso do chainaxe, que substitui o equilíbrio de uma chainsword por uma mordida mais destrutiva – feita sob medida para a musculatura transhumana dos Astartes, e o Fervor Selvagem que guia cada um de seus golpes.
O Primarca
Entrando no ringue com seus mais de 3 metros – o Senhor das Areias Vermelhas, o Anjo Vermelho, o campeão dos pesos-pesados da galáxia – Angron! Tudo que você precisa saber sobre esse sujeito irritadinho pode ser resumido pela seguinte peculiaridade – ele ocasionalmente usa um tabardo feito com espadas afiadas para fatiar qualquer um que consiga se aproximar demais (sem ser destroçado por seus chainaxes).
Lançado pelo vazio da mesma forma que seus irmãos, Angron caiu em Nuceria, onde foi capturado por escravagistas e forçado a lutar na arena. Ao se recusar, recebeu implantes neurais conhecidos como Garras do Açougueiro, que o tornaram ainda mais agressivo e resiliente – e na primeira de suas fúrias descontroladas, ele matou o gladiador que considerava como pai e mentor.
Angron rebelou-se contra a elite nuceriana, liderando outros escravos e destruindo cidades inteiras. O Imperador assistiu tudo de camarote, em sua espaçonave – e desceu ao planeta para salvá-lo. O Primarca preferiu morrer junto aos seus companheiros, mas o Imperador não perguntou a opinião dele, pra começo de conversa. Angron foi teletransportado no meio do combate, e assistiu, impotente, à morte de seus aliados. Definitivamente, um péssimo começo de aproximação entre pai e filho.
Como comandante de Legião, Angron não era muito bom – pra começar, massacrou vários subordinados em um ataque de raiva. Ordenou aos seus melhores especialistas que pesquisassem a tecnologia das Garras do Açougueiro, levando os níveis de sanguinolência e resistência a dor da Legião a um nível jamais imaginado – um implante a mais, outro a menos, não é mesmo?
Acredita-se que seu relacionamento mais saudável (ou o mais próximo disso) foi com o Capitão Khârn.**
A Heresia
A carnificina dos World Eaters não passaram desapercebidas – até o agressivo Leman Russ tentou detê-los, e Angrou o mandou embora com o rabo entre as pernas. O Imperador finalmente pediu a intervenção de Hórus – um dos poucos que apreciava o estilo de Angron. Infelizmente, o Warmaster tinha outros planos.
Estrategista e político nato, Hórus empregou todo seu brilhantismo para trazer Angron para seu lado – não que fosse difícil convencer Angron a odiar seu pai. Movidos pelo ódio ao Imperador, os World Eaters se uniram às Legiões Traidoras, e posteriormente, à Khorne, o Deus do Sangue.
De alguma maneira, o gigante concordou em capturar – ou melhor, em “arrasar” Ultramar junto com Lorgar, seu irmão nerd. O que Hórus não sabia era que o massacre era parte do Plano de Lorgar para transformar Angron em um Príncipe Daemônico. Ser enganado pela própria família não era mais uma exclusividade do Imperador.
Infelizmente, o Warmaster não considerou a impulsividade dos World Eaters em seus planos. Angron era mais insubordinado do que o Khan, e Perturabo precisou usar todo o seu poder para fazê-lo ir ao Sistema Solara a tempo do Cerco da Terra.
No Mundo-Trono do Imperium, Angron e seus filhos massacraram amigos e inimigos. As defesas místicas do Imperador felizmente mantiveram o Primarca recém aliado às Forças Entrópicas fora do Palácio Imperial até o fim do Certo – para desespero dos defensores das muralhas.
A História da Legião
Para conhecer mais sobre os cérebros torturados dos World Eaters, Betrayer é uma ótima leitura. A história da estranha combinação entre Lorgar e Angron e sua Cruzada Sombria – e como elapôs em risco todos os planos de conquista de Hórus.
Para conhecer o passado de Angron nas arenas – e descobrir o que aconteceu quando seu pai o prendeu à uma Legião que ele nunca quis – assim como todos os sonhos e temores do Primarca, temos Angron: Slave of Nuceria.
Finalmente, segue um tutorial de pintura que vai garantir que suas minis estejam perfeitamente pintadas para acabarem cobertas de sangue.
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* Todos sabem o quanto é importante criar uma marca forte.
** Eles tinham duas coisas em comum: adoravam matar e colecionar títulos.